segunda-feira, 5 de agosto de 2019
sábado, 12 de setembro de 2015
belas flores do Loendro irritante
O Loendro, Nerium oleander,
poderá ser observado muito perto de si;
a designação latina oleander
refere-se ao facto de as folhas da planta se assemelharem às da Oliveira (Olea);
a alegada toxicidade da planta tornou-a o centro de uma lenda urbana,
documentada em vários continentes e durante mais de um século,
muitas vezes contada como verídica e como acontecimento local:
tipicamente, uma família inteira ou, em outros contos folclóricos, um grupo
inteiro de escuteiros, sucumbe após consumir cachorros-quentes (ou outros
alimentos) assados sobre uma fogueira, em espetos feitos de galhos de loendro.
(descarregar a ficha na coluna da direita)
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
os peixes
A escolha dos peixes é uma das tarefas mais importantes. Se o lago é para meu regalo, devo lá colocar aquilo de que gosto. Sempre me fascinaram os peixes-dourados (ou vermelhos) e as suas formas exóticas, embora concorde que, por vezes, os criadores/manipuladores de peixes (como de outros animais) tocam as raias do inadmissível, não se preocupando muito com a vivência saudável dos animais.
Comecei com 3 peixes apenas, embora a capacidade do lago ainda suporte outros tantos. Antes de os colocar no novo ambiente foi necessário proporcionar-lhes uma adaptação à temperatura que iriam encontrar. É aconselhável considerar que os peixes tinham saído de um ambiente mais aquecido, por terem estado dentro de uma loja. Os aquários de peixes de água fria – que é o caso – das lojas da especialidade, não sendo aquecidos estão, no entanto, num ambiente um tanto diferente do ar livre.
O saco com os 3 peixes foi, assim, colocado sobre a superfície do lago, para que a água do saco adquirisse, paulatinamente, a temperatura do novo meio. Um quarto de hora é o tempo suficiente.
Pode também utilizar-se outro processo, mais adequado, no entanto, para os peixes tropicais – de água aquecida. Neste caso o saco é aberto e mantido à superfície da água do aquário, na vertical. Pouco a pouco vai-se transferindo, para dentro do saco dos peixes, alguma água retirada do aquário, até se conseguir o equilíbrio.
conchas marinhas apropriadas
A certa altura da preparação do lago lembrei-me que tinha guardado, nos arrumos do quintal, material de aquariofilia antigo. Entre pedras, areão, bombas e termómetros, havia uma coleção de conchas marinhas (guardada em recipientes próprios) que, diga-se em abono da verdade, era mais velha do que o material de aquário. Era uma coleção antiga, como antigo (congénito) é o meu fascínio pelo mar.
Lá estava tudo, devidamente acondicionado. Peguei nas peças da coleção, uma a uma e revivi a infância despreocupada à beira-mar… despreocupação que, hoje, é muito difícil conseguir.
Apartei alguns exemplares repetidos, para escolher os que poderia colocar no fundo do lago.
o Jarro-branco, planta de locais alagados
O jarro-branco, Zantedeschia aethiopica, é uma herbácea acaule rizomatosa, oriunda do sul de África (África do Sul, Angola e Botswana), com grandes folhas sagitadas e uma inflorescência semelhante a um funil, ou jarro – daí o nome comum – que prolifera em locais alagados e pantanosos. A vistosa combinação das folhas verde-brilhantes com o branco-leitoso da inflorescência apresenta sempre, qualquer que seja o local de cultivo, uma rusticidade que salta à vista. Foi essa característica que a trouxe para dentro do lago. Combina bem com o hibisco, ao centro e com outras plantas colocadas nas margens, que apresentarei em devido tempo.
Um tufo de jarros-brancos, previamente preparado, foi colocado no lago, assente no fundo. Como os jarros crescem em água à profundidade de 30cm (1), penso que este tufo vingará. Terei apenas que controlar o seu crescimento.
(descarregar a ficha do Jarro na coluna da direita)
(1)
Papworth, David. Guia das Plantas Bolbosas, Editorial Presença, Lisboa, 1994.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
a construção do lago II
5.
Para os acabamentos finais das margens
utilizei os inertes anteriores –
areia de rio e godos
e ainda: pedaços de rocha
pedras rústicas
e casca de pinheiro.
A areia de rio, os godos, os pedaços de
rocha e as pedras rústicas serviram para delimitar as margens. A casca de pinheiro
para cobrir o solo - proteção contra infestantes e conservação da humidade à
superfície - tanto no canteiro quanto na “ilha”.
Está, assim, construído o lago.
Com o decorrer do tempo, o que agora
parece disperso tomará forma aconchegada. As plantas hão de cumprir a sua
função de cobertura e tudo se tornará mais natural.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
a construção do lago I
A construção do lago foi devidamente
planeada e amadurecida.
1.
A primeira fase foi a escolha da
abertura, no canteiro, de um espaço que
servisse de “estaleiro”.
Quase todo o canteiro estava, mais ou
menos, amadurecido e estabelecido. Restava apenas uma área, a nascente, onde
havia plantado ultimamente algumas sardinheiras, ainda não estabelecidas.
Por ser o local que menores danos produziria no canteiro, foi
a área escolhida.
As sardinheiras foram levantadas, com
torrão e colocadas em vasos.
2.
Seguiu-se a escavação, que não levantou
qualquer dificuldade, a não ser o cuidado de prévia estabilização do solo,
humedecendo-o completamente.
3.
Escolhi o plástico preto para forro da
cova, por duas ordens de razões:
a.
pela observação
de outros lagos, construídos a céu aberto, em hortos da região;
b.
porque me pareceu
ser o material adequado: o preto não reflete o sol, pelo contrário, absorve os
raios solares e, consequentemente, conserva o calor que acumula, necessário
para a temperatura da água, uma vez que pretendi fazer um viveiro para peixes
de água fria, mas não de água gelada (tendo em atenção as temperaturas de
inverno).
nota:
Não ficou de parte a hipótese de,
futuramente, forrar a escavação com cimento ou outro material semelhante; o que
acarretará outra predisposição e planeamento mais aturado; embora o resultado
seja, previsivelmente, bastante melhor.
O corte e colocação do plástico levantou
um problema difícil de resolver: transformar um quadrado ( a forma do plástico)
num círculo, afundado, com um plateau a meio – a ilha. O plástico foi sendo colocado
(previamente tinha feito a abertura central, por onde sairia a “ilha” com o
hibisco), foi sendo moldado ao buraco e no final desta tarefa o espaço foi
enchido com água para melhor adaptação. Tudo feito, surgiu o bico da obra: a
passagem do quadrado a círculo, dadas as dimensões pretendidas, fazia sobrar
uma quantidade considerável de plástico sem espaço por onde se estender. A
solução foi adaptar o plástico sobrante a uma espécie de “restinga”, junto a um
pote existente no canteiro.
Ficou assim completo o esqueleto do lago.
4.
A etapa seguinte foi a de colocação de
inertes no fundo do lago: areia e godos.
Utilizei areia de rio de grão médio, previamente
lavada, de coloração variegada clara e godos de mármore branco (um ou outro de
coloração mais escura), para contrastar com o negro do plástico.
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